quinta-feira, 15 de maio de 2008

O fim dos dias


Fica aí parado me olhando

Cheguei a sentir inveja da tua calma

Talvez eu tenha sido indelicada...

Quando é que vai gritar?

Desço pela escada

Eu só quero ir ao cinema

Saio na rua

O diabo tomou conta de tudo

O bairro só tem prédios

Não vejo mais o céu azul

Sento pra respirar

Tentar lembrar se já fui criança

Tenho ódio do sono

Das loucuras brutais

Quartos

Camas

Empregos

Hospitais

Dias e noites de pura monotonia

Sem sentido nenhum

Sem chance alguma

Dirijo um laboratório de poesias

Versos com rima, tão fora de uso...

Meus poemas parecem leituras de primavera

Ouço as risadas do pessoal às minhas costas

A juventude anda tão má

Preciso de comprimidos

Orações

Sexo

Sorte

E salvação

Vou por fogo na cidade

Amanhã começa a revolução

6 Comentários:

Blogger Thiago Almeida disse...

Boquiaberto.

Creio que é um dos seus melhores textos.
Tenho certeza que é um dos melhores textos de muitos tantos que li.

Realmente, estou boquiaberto!
Parabéns!

15 de maio de 2008 às 11:49  
Anonymous Anônimo disse...

Lindooooo, original,real, vou ter que concordar com o Thiago em número, gênero e grau.

Muitos parabéns

Ana Carolina

15 de maio de 2008 às 14:57  
Blogger Eduardo disse...

Amei, como amo os outros. A temática que você usou é que me chamou atenção de fato.

Buscar temáticas assim vai fazer vc ser melhor que já é...

Arrasou, ui!

hahaha

16 de maio de 2008 às 05:36  
Blogger Bruno disse...

...
!!!
Realmente legal pra caralho!
Adorei o tema, e como voce desenhou tudo.
Até o formato do poema mostra as variações da raiva, do rumo...
Mandou bem!

20 de maio de 2008 às 11:43  
Blogger um cara legal... disse...

1968 no poder

28 de maio de 2008 às 13:19  
Blogger Unknown disse...

amanhã começa a revolução, e botar fogo na cidade é só o começo!


quero maaaaaaaaais desses!


amo mtu


saudade!

28 de maio de 2008 às 16:45  

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