Criançada
Ainda brinco de pés no chão
De fazer pose em frente ao espelho
De desenhar o contorno da minha mão.
Ainda canto cantigas de roda
Faço manha pra ter atenção
Ainda arrisco pular corda.
Nem ligo pro aviso ‘não toque nos filhotes’
Brinco na chuva
Besteiras = pacotes.
Ainda moro nas minhas casas de lego
Brinco com minha sombra na parede
Mordida no sorvete eu nego.
Gosto de assustar pombos
Tocar campainhas
De imitar os outros.
Mexo no cabelo das minhas amigas
Uso as pulseiras da minha mãe
Passo horas vendo fotos antigas.
Planto feijão no algodão
Sinto saudade de vaga-lume
De pular o portão.
Não aprendi a nadar
Nem tocar violão.
Ainda sonho com o ‘Faber-Castell 72 cores’
Tenho medo de escuro
De discos voadores.
Assisto desenho
Peço colo
Adoro abraço
Ainda choro.
Gosto de leite com chocolate
De brigadeiro no pão
Gosto de pipoca doce
E de fazer bolhas de sabão
Ainda brinco de morder
Ainda penso ‘quando eu crescer’
Ainda to descobrindo a literatura
Ainda tenho medo de altura.
E apesar disso tudo
Gosto de ser gente grande
Gosto do beijo
Do meu amor
Da vida corrida e bagunçada
Da cervejinha com a criançada.
De fazer pose em frente ao espelho
De desenhar o contorno da minha mão.
Ainda canto cantigas de roda
Faço manha pra ter atenção
Ainda arrisco pular corda.
Nem ligo pro aviso ‘não toque nos filhotes’
Brinco na chuva
Besteiras = pacotes.
Ainda moro nas minhas casas de lego
Brinco com minha sombra na parede
Mordida no sorvete eu nego.
Gosto de assustar pombos
Tocar campainhas
De imitar os outros.
Mexo no cabelo das minhas amigas
Uso as pulseiras da minha mãe
Passo horas vendo fotos antigas.
Planto feijão no algodão
Sinto saudade de vaga-lume
De pular o portão.
Não aprendi a nadar
Nem tocar violão.
Ainda sonho com o ‘Faber-Castell 72 cores’
Tenho medo de escuro
De discos voadores.
Assisto desenho
Peço colo
Adoro abraço
Ainda choro.
Gosto de leite com chocolate
De brigadeiro no pão
Gosto de pipoca doce
E de fazer bolhas de sabão
Ainda brinco de morder
Ainda penso ‘quando eu crescer’
Ainda to descobrindo a literatura
Ainda tenho medo de altura.
E apesar disso tudo
Gosto de ser gente grande
Gosto do beijo
Do meu amor
Da vida corrida e bagunçada
Da cervejinha com a criançada.
12 Comentários:
bons tempos aqueles (e esses)...
Me sinto assim, e faço tudo isso(quase tudo).
Caraca, me arrepiei ao ler! Não lembro a última vez que li algo e senti o que estou sentindo agora.
Perfeito.
Parabéns, querida!
Amo ler seus textos!!!
=D
texto legal!!! Bem legal...
Acho que todos somos assim....as adultices ainda não invadiram minha cabeça por completo...e espero que continue assim!
Beijo linda!
Nossa! Uma viagem de ida e volta no tempo, virei criança, cresci, e voltei a ser uma criança, crescida.
Muito bom!
Ah meu DEus!!!! Sou apaixonado por escritos saudosisas melancólicos!
Tenho algo a confessar: meus feijões plantados no algodão foram alguns dos únicos da minha sala que não morreram de sede depois de umas semanas (acho que eu era nerd demais, embora nunca tenha entendido por que diabos a professora me fez plantar aquilo).
E eu brincava de inventar novos nomes de cores pra poder triplicar o volume da minha Faber Castel 24 cores.
Hmmm... acho que eu não era muito normal...
Noossa... eu fiquei lembrando de varias coisas q eu sonhava em ter qdo criança. E esse texto foi tão bom! Na correria do dia a dia as pessoas não param mais pra pensar o quanto é bom fazer as coisas simples de criança!
Bjos!
Anjaaa...meu presente!!! rsrs
Li, reli, li de novo...e sempre a mma emoção!!!
fingindo ser oq eu já sou...
E é inevitável a vontade voltar a ser criança nem que seja por um segundo quando se l~e algo como isso.
fascinante!
Ola Erika..primeiramente queria parabenizar pelso textos...desde do inicio venho acompanhano mas nunk comentei rsrs.....
Sou amigo do Du....e vim aqui pra divulgar um pouco o meu blog tbm..
http://de-liriosrotineiros.blogspot.com/
se der passe por la ok
bjs
Amigaaaaaaaaa
Como é bom tudo isso!
Obrigada por me fazer lembrar de tudo isso!
bjs
Carine
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