quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Feito pólen.

Não posso sair por aí
Jogando poesias para quem quer que seja
Só porque você não está aqui
O que posso fazer é rezar baixinho
Pra que a tristeza me deixe em paz
Pra que as flores se abram no meu caminho
Sou como o céu
Deslumbrantemente infinito
Sou assim mesmo
Mesmo assim
Nossas diferenças de pensamentos
Diferenças de horários
Diferenças de diferenças
O mesmo lado bom
O mesmo lado ruim
Os mesmos dilemas
O mesmo amor intenso que existe em mim.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Por dentro da janela

Sentado à beira da janela do meu quarto, vejo a fileira de pássaros que, calmamente, organizam-se no fio que percorre os postes da rua. E vou olhando os fios, e por eles vou me pndurando, olhando janelas de outros quartos, com mais pessoas olhando os pássaros enfileirarem-se.

Dependurado, avisto um poste. Vou até lá e desço. Já de pés no chão, caminho sem saber para onde, nem sei mais onde estou. Vou pisando apenas nas calçadas de cor preta, contando quantas piso até chegar onde não sei. Viro uma esquina qualquer, cruso pessoas pisando só no preto, só no branco, com o pé direito no branco e o  esquerdo no preto.

Olho para cima, helicópteros passam. Um me joga a escada, e subo. Vôo dependurado por um instante, e chagando na cabine visito as casas, fios, postes, ruas e calçadas. Todos de uma vez só.

Mas já é hora de descer, e vou para uma fileira de janelas, cheia de pessoas às janelas, e pássaros ficam enfileirados, observando cada uma das janelas.